segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Dizem Que Sou Louco...

O fato de todos já estarem acostumados com o mundo o torna muito normal e sem graça. Mas ninguém nunca se encantou como o mágico funcionamento de um telefone? Como é que falamos num telefone no Brasil e a nossa voz sai em outro lá no Iraque? Usamos este meio de comunicação incrível quase todos os dias de nossa vida e nunca paramos para imaginar como isso acontece. 

Foi assim que o homem chegou ao conhecimento que ele tem hoje, se encantando com as coisas.

É pena que quem se encanta hoje em dia com algo é desprezado e, entre outras coisas, forçado a calar-se pelos outros que estão cheio de ouví-lo, a não ser que ele se encante com alguma coisa que realmente é digna disso na visão da sociedade acostumada com o que já existe vendo o que ainda não existia.

Mas o que já existe? Você está lendo este texto através de uma monitor. Já parou para se perguntar como a imagem é gerada nele? Como um avião consegue voar? Como um transatlântico flutua na água? Como se constói um prédio de 100 andares e ele não cai? Pensando em tudo isso há quem diga que sabe de tudo, ou então há quem diga que não liga pra nada disso, mas até hoje eu tiro fotos e não sei como a câmera capta as imagens.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Dos Sonhos Que se Configuram Tristes e Inertes

Love is All We Need

Na noite de 26 de Dezembro de 2008, Clarisse vai animada ao quarto ao lado do dela. Já quase sem esperanças, e após muita discussão sobre isto, diz a sua mãe que aquela boneca que ela tanto queria está pela metade do preço. Apesar de ainda estar cara. Mas clarisse ainda ostentava aquela boneca com todas as suas forças, e a desejava receber de forma merecedora, ou seja, ganhá-la de seus pais, não por ela pedir, mas por ela merecer pelos seus feitos, apesar de às vezes não tão bem feitos, mesmo tendo que encher o saco às vezes, já que sua outra boneca quebrara há pouco mais de 3 meses.

Ao dizer a sua mãe sobre o preço da boneca, eis que esta lhe apenas jogou um olhar e resmungou algo tão baixo que nem um cachorro, outro desejo antigo de Clarisse, ouviria. Ela apoiada no batente da porta do quarto de sua mãe, que ao lado de seu pai não a davam a mínima naquele momento, retirou-se com mais desânimo ainda, sentindo-se sem importância.

Tudo bem que sua mãe dizia estar em dívidas, prestações de apartamentos e eticétera acometeram-na bem no final deste ano, mas será que sua mãe estaria pobre a zero? Clarisse tinha certeza que não, afinal, gastou dinheiro para pintar uns cômodos da casa, melhorar o nicho do fogão de sua cozinha e comprou enfeites de natal apenas para sair da mesmice dos anos anteriores.

Clarisse sentou-se numa cadeira confortável e reclinável em frente ao seu computador. Lá ficou pesquisando preços de bonecas das mais variadas formas dentro daquilo que ela queria. Já em desespero, procurava a mais barata, e assim achou a mesma boneca que estivera na metade do preço, mas agora mais barata ainda! Se empolgou mesmo que minimamente. E com o ânimo de sempre, já imaginando que seria ignorada, foi novamente ao quarto de seus pais a avisar que havia achado uma mais barata e igual.

Sua mãe resmungou mais alto ainda, e deu para ouvir desta vez. Dizia que não tinha dinheiro para pagar a boneca. Clarisse então contra os príncipios do que ela realmente queria receber ganhando aquela boneca, já atira como cego em tiroteio, apenas para ter aquele objeto de desejo, e diz que pagaria uma parte da boneca com suas economias. E novamente o silêncio se instalou a ignorando. Clarisse voltou para o quarto desolada.

Mas ainda numa última tentativa, volta lá após uns trinta minutos e pergunta à sua progenitora o que ela faria na manhã do dia seguinte, pois queria ir à loja comprar sua boneca. Demonstrando estar sem vontade alguma para isto sua mãe diz que seu pai a acompanharia. Mas seu pai já havia lhe dado cem cruzeiros de presente de natal. Aquela boneca era presente de sua mãe, e clarisse a comunicou disso, em vão. Novo silêncio. 

Na manhã, dia 27, clarisse acordou às 8:00h pensando que conseguiria algo. Tomou café com seus pais, e ao longo desta ocasião apenas fora criticada sobre duas coisas que ela disse sentada à mesa, nada de demais, mas coisas que não tinham necessidade de serem ditas. Clarisse era assim, sua visão de mundo talvez equivocada, mas irrevogavelmente diferente, sempre a colocava em posição de risco a pedidos de silêncio aos violentos "cale a boca". Ninguém a compreendia, e ninguém sabia qual o verdadeiro significado daquele seu desejo de ganhar a boneca. Não era a boneca, mas o que ela representava. Clarisse sempre recebeu amor, mas às vezes para que se sentisse querida, achava justo que ganhasse alguma coisa. É como o troféu que um competidor ganha ao vencer uma prova, se mostra melhor que os outros. Ela queria se sentir assim. Mas competidores não imploram por um prêmio, muito menos o ajudam a pagá-lo. Clarisse não tocou mais no assunto e resolveu esperar e ver se alguém lembraria dela. Será que lembraria?

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal ?


Ninguém muda, nos acostumamos com o mundo e sentamos num folgado e macio sofá de couro branco onde tomamos prosecco e tudo é lindo. Apenas sabemos reclamar, e reclamar daquilo que ninguém quer mudar, mas também não mudamos! É estar se afogando e nem ao menos tentar nadar. 

Mas seguindo o costume básico do final do ano: é hora de mudar. As desculpas mais incrédulas que eu ouço são: "eles são velhos, não mudam mais", "você é novo, sabe o que é melhor, você pode mudar!", "ah, isso não adianta mesmo, é melhor se acostumar". Temos de nos acostumar a situações que a nós não agrada apenas pelo simples fato de na maioria das vezes sermos subordinados ou fracos?

Não somos então possuidores da inteligência que um cavalo não tem e da mobilidade que uma planta desconhece? O cavalo não sabe pensar, a planta não sai do lugar. Mas o homem pensa e se move, vai até a lua e não consegue mudar um costume, uma palavra.

Isso tudo é culpa da maldita preguiça, da falta de perseverança, da falta de disciplina e da nossa companheira sempre ausente, a educação. Estes fatores decisivos ajudam uma pessoa normal a ser diferente no aspecto onde todo mundo já está cansado de ser normal mas continua assim sendo, na atitude, na vontade de renascer de verdade, que é o significado real do Natal, e não o nascimento de um barbudo em que mais da metade deste povo que não faz nada põe todas as responsabilidades e esperanças achando que as mudanças cairão do céu.


sábado, 13 de dezembro de 2008

A Resposta (infelizmente) Está Dentro de Você



A balança formada pela consciência equaciona fatos de maneira a pesá-los e fazer do cérebro um exemplo de raciocínio e compreensão das coisas. Entretanto eis que surge a química humana que, em casos de confusão e dúvida, sempre está contrária ao peso medido pela balança. Aí se instala o caos.

O caos mental é um estado de angústia e conflitos psicológicos intensos que atormentam a vida de um pobre cidadão. Este que nem ao menos culpa do que sente ou pensa tem, sente o comando da mente às vezes, ou sempre, sair do controle do corpo, ou o contrário.

E assim se segue o velho clichê de Shakespeare: "Ser ou não ser. Eis a questão." Se esta frase for analisada bem, a questão mesmo não é nem ser, ou não ser, é na verdade a síntese da dúvida. Eis a questão.

A análise dos fatos que geram tal dúvida são analisadas friamente pela balança psicológica, e os sentimentos, pela química, e a soma dá zero. E aí, o que ser? Não existe nesse caso a troca do certo pelo incerto, porque tudo é incerto. Contudo há quem diga que devemos seguir o coração. Para outros, o coração é um mero detalhe, mais incerto, pois é da razão que as coisas são muito melhor analisadas, certo?

Mas infelizmente, com um final porco e igual, é meio idiota dizer isto, mas a resposta está dentro de você. Tosco, mas fazer o quê? É a realidade.


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Nada =/

nada?
Nada
Nada na mente,
E nadando em nada
Nada se sente

Me vejo no nada
Nada(ndo) em água
Descendo a privada
Do nada desaba

Desaba dos dedos
que escrevem nada
viajando aos esmos
Caindo na água

E se diluindo
Em solução de nada
Solucionando e indo
A nada direcionada...


Liberdade

LIBERDADE TCHÊ

"Liberdade é estar preso num lugar onde se pode fazer tudo, mas que quanto mais de tudo errado se faz, menos preso na liberdade se fica, e mais perdido na prisão dos seus atos se encontra."
Eu.


terça-feira, 4 de novembro de 2008

Eu...


 O que dizer sem saber
Sentimentos a mil
Fui então tentando fazer
A meada seguir um único fio

Mas que coisa dífícil de ser!
Louco é complicado
Impossível aquilo dizer
Ficando aloprado

Peguei a palavra eu.
Falo mas eu não sai
Estranho como eu
A palavra por que vai?

Finalmente consegui
Quase eu louco que me tramo
Parece que foi assim
A boca abri: te amo

domingo, 2 de novembro de 2008

Ganhar

Ganhar já deixou de ser um verbo há muito tempo, nem como substantivo o coitado não conseguiu se manter. Ganhar hoje em dia é um sonho. É o sonho de todos os sonhos, porque todos os nossos desejos se resumem em ganhar alguma coisa.

Mas pensar que ganhar tudo é ganhar algum acoisa, o engano derruba. Ganhar às vezes é perder tudo o que se tem para ter realmente a noção do que é necessário ganhar.

Mas perder não é o inverso. Quando se perde nunca se perde. A perda é sempre lucrativa, porque nos ensina alguma coisa por pior que ela seja.

Mas o engraçado disso tudo, é quando perdendo nós ganhamos, e ganhando nós perdemos. Aprendemos das duas maneiras: que ganhar às vezes é perder, mas que perder é aprender a ganhar.

...Esse ganhou
E
Esse perdeu...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Inversão de si


Se aproximando daquele cômodo através do tato do caminho escuro, achou uma maçaneta áspera e molhada em meio as paredes. Girou a maçaneta e um rangido de porta mal lubrificada soou pelo vazio daquele quarto apagado e amplo, onde suas próprias palavras o vinham de encontro numa briga interminável entre a refração daquilo que ele dizia e o que ele realmente queria dizer, dizer para o silêncio e a negritude daquele quarto empoeirado de paredes espelhadas, que por estar escuro, por ele não foram percebidas.

Com o súbito clarear do ambiente, vindo da luz de uma pequena janela no canto do quarto, viu-se de frente, de lado, e de costas a si mesmo. Agora ele se encarava, se rejeitava, e se comparava ao mesmo tempo. Entretanto ele estava ali, não tinha como fugir, a porta se trancou com a força do vento vindo da pequena janela. Rodeado e ameaçado pela sua própria imagem, e pelos seus próprios sons, ruídos sem sentido, jogados ao eco do quarto, e que desorganizados, geravam significados nem sempre os quais esperados, que viajavam por entre a poeira rodeante no ar ao redor de sua cabeça.

Vestido de calça jeans clara, um tênis preto e uma camisa preta, ele se via vestido de calça jeans escura, tenis brancos e camisa branca. Via-se invertido, do avesso. Será que se via por dentro? As letras que permeavam sua cabeça, no espelho apareciam em antônimos. Dizendo amor, se via no espelho o ódio, mas dizendo o ódio, se via no espelho o amor! A antagonia daquele momento inopinado fez com que ele tirasse sua roupa.

Nu em frente, de costas, e de lado ao espelho, esperava uma imagem horrenda, ou de uma mulher, ou do seu corpo por dentro, ou de algum monstro no qual ele se transformara. No entanto ele viu sua pureza, aquela que não muda e ninguém tira. A luz dela iluminou o quarto que estava a meia luz daquela janela, que gerando vibrações, se transformou numa porta. A organização dos seus ruídos bucais ficou mais fácil, agora o amor era o amor, e o ódio era o ódio, e o sim era sim, e o não era o não. As palavras que rodeavam sua cabeça de forma desordenada se alinharam em versos muito bem elaborados em estrofes que iam de encontro àquela recém formada porta que diziam:

Sou quem não sou
Não sou quem eu
te diria que sou
Mas serei aquilo
que disse que vou

Procurei em mim mesmo
o que eu tinha de ser
Fiquei horas a esmo
me procurando entender!
mas como? não era eu mesmo.

A mim apavorando
Olhei dentro de mim
máscaras rancando
e percebi só assim
onde eu estava errando

O Voto



O Brasil, com seus pouco menos de 20 anos de democracia, e sua ganância, desonestidade falta de cultura ainda não aprendeu a se eleger, a votar, e nem mesmo ao o que é realmente democracia. O Aurélio me disse que democraria é uma doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder.

Infelizmente o voto obrigatório fez com que quase 90% da população, sem noção do seu poder, ainda que ínfimo, o usassem de maneira ilícita e/ou imprestável. O povo brasileiro não sabe votar, e apenas vota por obrigação. Muitos votam com noção do poder e da importância daquele voto, muitos estes que não precisam ser advogados, nem pessoas de bem, podem ser analfabetos, mas que tem noção do poder em suas mãos, e que vão fazer bom uso, ou pelo menos tem esta intenção. Contudo há aqueles que fazem isto por fazer.

Assim obrigando um cidadão a fazer o que ele não quer, ou seja, impondo um dever, e não um direito, surge uma certa revolta, que devido àquele seu "poder igual ao de todos" não pode dizer não, então acaba votando sem interesse.

Com a adoção do voto facultativo, as pessoas sem interesse, que só votam por votar, e fazem da política a porcaria que ela é hoje, não retirariam suas nádegas do sofá em pleno domingo para fazer valer o seu sentido de ser cidadão e o seu poder equivalente ao de todos os outros votantes. Isto, de certa forma horrível, ao menos favoreceria o país, pois apenas aqueles que tem opinião e sabem votar o faria, assim havendo um filtro automático de ignorantes no poder.

Contudo não é só tornar o livre arbítrio um pouco mais livre, o objetivo ao se estabelecer o voto facultativo deveria ser no mínimo fazer com que a maioria da população votasse mesmo tendo a oportunidade de não votar. O problema é que isso envolve educação, e é claro, que ninguém liga pra isso aqui no Brasil, porque se não, teríamos vários caras como este aí em cima andando por nossas ruas, ameaçando a manutenção do poder das elites.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O que VOCÊ vai ser quando VOCÊ crescer...

Dizem por aí que se temos dois ouvidos e uma boca, é para que possamos escutar mais e falar menos. Incrível mesmo é o fato de que falando menos, mas falando aquilo que você quer, necessita, se revolta em dizer, acabam que tendo dois ouvidos também, não te ouvem nunca, nem quando mais você precisa.

Um homem mais sábio que eu também disse que os filhos são mais inteligentes que os pais, e que provavelmente os filhos dos filhos serão mais ainda, porque isso é evolução. Entretando esse ciclo é associado a uma corrente, um elo é evolução, outro é regressão, é como um menos um. Isso tudo resulta em ZERO. Essa porcaria de evolução da qual nós jovens estamos inseridos apenas serve de estopim para conflitos com aqueles que estacionados num passado, onde havia ditadura e opressão, sentem-se no direito de pensar o que quiserem e nos reprimir como quiserem por algo que NÓS julgamos normal e correto, mas que na visão cúbica dessa corja de pensamentos retrógados é absurdo. Ficamos empacados, e o elo mais fraco, que por incrível que pareça, é o evoluído, acaba se ferrando.

E por falar em ditadura, parece mesmo que eles gostam disso! Aliás, nem um diálogo comovente parte da suposta convergência entre dois pólos de uma atitude correta e não correta que permeiam as malditas das atitudes que nós tomamos sem a MÍNIMA experiência de vida! Ou seja, se estes velhos pensam que somos mais evoluidos, logo devem achar também que por isso temos de saber de tudo, porém ao mesmo tempo, nos criticam por acharmos que sabemos e se acham mais evoluídos e corretos(!). Caralho, onde isso tudo vai dar? Estou com vontade de mandar todos vocês que são quadrados e sem didática à rapariga que vos pariram.

É aquela coisa. Somos muito maduros para coisas dos interesses deles, mas para coisas dos nossos interesses somos ainda crianças demais. Que pena, mas mal sabem eles, que são tão crianças quanto nós, como já dizia Renato. Mas é absurdo culpá-los por tudo. Dizer que eles não te entendem é foda, porque você também não entende eles. Mas com tudo isso nas mãos, a maior responsabilidade que é a deles, é enfiada no toba pela arrogância e mania de achar que nunca podem estar errados. Mas a culpa também é nossa.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O Corpo do Caminho do Amor

entre Por cachos
De uvas douradas.
Desço e me encontro
Com a janela da alma,
Verdeada vidraça

Adiante deslizo entre maçãs
Macias à entrada
De Perfumes chocolate avelãs
A um túnel de cara
Com a luz do belo sorriso

Agarro-me em braços
Ternos em laços
Apertados
Amados

Afiro o pescoço
Do gogó ao cangote
O odor é teimoso.
Descendo aos seios
Prazer não se esgote

Me perco entre tomates
Lisos, macios.
Seguindo as três marias
Tropeço num sinal de cio
Chego à lombada a caminho de um rio!

Vegetação rasteira
Umidade a mil
Me comporto em amor
Sinto um calafrio
Tremedeira

Saì dali atordoado
Desci durante um sambado
Enrosquei num joelho
bati na canela
E caí no sustento afável

Ao chão fui lançado
Sou fracos,
Estou apaixonado
Sigo teus passos
Correndo aloprado

Percebo me então
Mãos macias me pegam
A boca sou levado
Mastigado e deglutido
Caminhei ao seu coração após digerido

Demência!





Perseverante



Ao contrário da baldada esperança, eis que surge a perseverança. Essa é um subproduto de uma esperança competente. Ser esperançoso é esperar de braços cruzados tudo o que se deseja cair do céu. Ser perseverante é correr atrás sem variar de intento, ser perdurante no que se quer, e lutar com todas as armas, ir até o céu.

Quando vejo uma foto dessas acima, olho para minhas pernas e penso: "Sou mais inútil que eles que têm uma perna só". Primeiro porque eu não sei jogar bola, segundo porque eles não desistiram ao encontrar um obstáculo; nunca; e eu já desisti de muita coisa que perto do obstáculo da falta de uma perna, é apenas um grão de areia.

E mais humilhante que o orgulho de vencer dificuldades e de um sonho alheio ser realizado enquanto o seu assiste isto num sofá deitado, é saber que a sua capacidade vai além daquela de quem venceu uma luta, e mesmo assim, não ter a mínima perseverança de correr atrás.

A partir daí percebe-se aqueles trânsfugas da atitude, os que reclamam e continuam sentados, os que choram e não enxugam as lágrimas, os que, LITERALMENTE, cagam e não limpam a bunda. Aliás, é disso que o mundo, Brasil, digamos, está sendo feito. Cada vez mais pessoas que sonham, acordam e o apagam, e se esquecem de que o sonho é o alimento da alma, e é o que faz reais sonhadores acordarem todo dia pela manhã e terem disposição de trabalhar 12 horas sem frio para serem alguém na vida, por mais problemas que tenham.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A Natureza



Por loucos, vagarosamente
Destruída mortalmente a Terra é sem dó
Matando pássaros ou loubos, problemático da mente
Ser humano bocó.

Sem moradia, perder-se-á no vácuo espacial
Considera-se o pobre mortal tão grandioso
Como a si mesmo pode matar-se o animal?
Burro inconsequente, ganancioso!

Coração poluído que suja vossas mentes
É, era o mundo desconhecido por vós
Entorpeceram de poder suas lentes
Cegando os olhares de um mundo melhor

Saúde de um ser perfeito e racional
Era algo muito glorioso
Devastada a grãos como um grande milharal
Hoje em dia já não é um gozo

Mãe primeira de que tudo existe,
Turberculosa a cuspir sangue por vulcões
A chorar águas quentes estando triste
A culpa é toda de vossos patrões

Amanhã passará a preto
Colorida Terra, descolorirá
Tornado o vivo estreito
Onde não há cor de passar

Show!


A música. A música é a expressão de um povo, de um ser, que da profundidade da invasão de si mesmo consegue retirar o que há de mais profundo, revoltoso, amoroso de dentro de sí, e escrever torto por linhas retas desenhando um caminho de significados tão complexos quando as ramificações do Amazonas.

E ao ouvir, é de difícil acesso a profundidade dos significados e do sentimento que o autor tenta passar. Ouvir é o de menos, é preciso sentir o que as letras fazem quando entram pelos ouvidos, e é indo num show que isso acontece. O calor humano esquentando seu corpo, uma massa enlouquecida a pular e gritar fervorosamente, como fiéis de Edir Macedo, a aclamar o som. Então é aí que o significado vem, as lágrimas correm como as ramificações, e o entendimento daquela música nunca mais será o mesmo.

E isso quem vos escreve diz de experiência própria, vivida, sentida e chorada. Um show com 40 mil pessoas bate qualquer meio milhão que vê uma missa no Vaticano. Tal energia não se equipara nem a Itaipu, nem às luzes de Las Vegas, nem ao Sol. É um estado de êxtase, uma evocação de si mesmo em função da música, que numa média de 3 minutos nos leva à situação, ou compara nossa própria vida com o que é descrito na poética cifrada da melodia.

Entretando há quem goste que ficar sentado numa cadeira em frente uma tela morfética vendo letras e mais letras e imagens e mais imagens e se sentindo bem por isso. Os médicos agradecem.

Tirem suas nádegas flácidas de suas cadeiras e vão a um show, sintam o que é música de verdade, não importa se é num pagode, ou se é num show de heavy metal, a energia é a mesma, só muda o ritmo, e é claro, a cultura (da qual eu falo mais tarde).

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Esperança? Puff...



Costuma-se citar muito aquele chavão quer diz ser a esperança, a última que morre. Entretanto é uma pena saber que de tão podre quanto a frase a esperança também é. 

Carregando a expectativa nas costas, a esperança anda para todos os lados, sugerindo soluções, inventando situações, e acasos que levem a vontade esperançada à sua realização. E a cada passo que o tempo dá mostrando a esperança de que é inútil esperar, mais esta se fere e manca a carregar a expectativa.

E essa é um peso nas costas da esperança, que somente faz a apressá-la mais ainda, a ponto de além de ser carregada, carregar aquela que a carrega a um caminho mais rápido para a atroz tristeza de cair no esquecimento.

E se de atreladas estas peças do quebra cabeça dramático da vontade fossem desligadas uma da outra? A esperança realmente duraria muito tempo, o tempo suficiente para cair no esquecimento, ou seja, acabar morrendo. E a expectativa? Da preguiça que governa o ser, já estaria em Floripa fumando um banza e deixando a vida de lado.

Então é assim que vive a esperança, atrelada a expectativa de que sua espera seja curta, e iludida pela sua própria vontade de realizar seus desejos, que por mais simples que sejam, não dependem dela, muito menos da expectativa, que são apenas agentes desestabilizantes da naturalidade com que as coisas devem acontecer. 

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Onde Foi Parar a Delicadeza das Pessoas?

Em resposta a este post: Ainda: Delicadeza.

Foi parar no egocentrismo de todos aqueles que de pensarem que o mundo deles é o centro do nosso mundo, reclamam de querer algo dos outros mas não cedem àquilo que os outros querem deles, nem muito menos os tratam da maneira que querem ser tratados.

Eu me confesso indelicado, aliás, todos somos de um certo ponto de vista indelicados, ao menos em pensamento, mas somos. Por que de alguma forma há sempre aquela vontade girando em torno de nós mesmos e cegando nossas atitudes para com as pessoas que julgamos importantes para nós.

Mas um me dê licensa, um por favor, e um obrigado, mais do que educados, são delicados, e fazem toda a diferença no relacionamento entre as pessoas. Entretanto, o que todos, inclusive eu, queremos, é um mínimo de atenção naquilo que achamos importante para nós e que para o povo que nos cerca não tem a mínima importância.

Muitos gordinhos não veem problema em serem chamados de gordos, chupetas de baleia ou seja lá o que for, porém há muitos destes que se ofendem a ponto de engressarem na depressão, e ninguém tem o mínimo de delicadeza, respeito, ou o famoso semancol.

Mas, contudo, toda via, entretanto, porém, o troco vem sempre na mesma moeda quando se trata da delicadeza. Nada mais prazeroso que nestas situações, delicadamente, nos indeliquemos com aquele as quais palavras ásperas nos feriram o respeito. O único problema é que apesar de prazeroso, vicia o ciclo da indelicadeza, o que falta mesmo é educação desse povo hipócrita e egoísta.

Voar Para Longe, BEM Longe.

If this life
Gets any harder now
It ain't no nevermind
Ya got me by your side
And anytime you want (fly fly fly)
Yeah we catch a train
And find a better place
Yeah, 'cause we won't let nothin'
or no one keep gettin' us down
maybe you and I
Could pack our bags and hit the sky




Fulano desde que se conhecia por espermatozóide número 3.784.120.573 até hoje que se conhece por ser humano número 37.317.165-1 foi um bom garoto. Educado, inteligente; meio bonitinho, mas não muito atraente; sempre competente, educado e coerente, humilde e contestador; nunca foi de se jogar fora, nem tão pouco pelos quais ele deve a vida.

Meio sem noção do mundo ao nascer, onde há luz, gente ruim e gente boa, sabor, cheiro e desejos, foi crescendo e aprendendo. Passou por crises intensas de relacionamento familiar pelos seus 8 anos de idade, mas aprendeu a lição como ninguém jamais aprenderia, assim como no amor, que aos seus quinze anos fez do seu coração um bife de marmita.

Fulano sempre se destacou em quase tudo que fez, não porque queria ser o melhor, ou porque alguém cobrava dele isto. Seus pais nunca foram de lhe cobrar muita coisa, só educação, foi independente desde sempre. Ele era assim porque era o seu jeito de ser, ser bom em muitas coisas, mas é claro que em milhares de muitas outras, um desastre em potencial, como jogando bola, coisa que todo brasileiro tem de saber, ele, coitado, não sabia muito bem, mas nunca desistiu! Por muito tempo fez aulinhas de futebol num clube de sua cidade. Resumindo, alguém normal, que nunca teve muita atenção de quem queria, mas que sempre, mesmo que sem querer, puxou a atenção de quem ,para ele, não era tão importante assim.

Na escola Fulano era um dos "Tops", como dizia sua coordenadora e seus professores, mas procurava sempre estar com os pés no chão e estar ciente de duas responsabilidades, mas enquanto uns o achavam até muito humilde, quem ele realmente queria que visse seu grande potencial em ser alguém que muitos outros com certeza jamais serão não via.

Elogios do seu pai sempre foram muito raros, reclamados até por sua mãe, carente as vezes de afeto masculino numa relação de quase 30 anos de casada. Mas esta sim era carinhosa, e não vendo muito, porém se guiando no escuro, elogiava Fulano pelos seus feitos, mas nada que atingisse a grandiosidade de carência existente naquele pequeno ser desde sua fatídica fecundação entre quase quatro trilhões de infelizes eufóricos para um lugar ao óvulo.

Com sua mãe batalhadora, meio perua metida, mas uma boa mãe, compreensiva e didática, aprendeu todas as lições que sem ela, a vida ensinaria de uma maneira talvez não muito confortável. Com seu pai, não aprendeu muita coisa, a não ser a lei do "cale a boca, eu estou sempre certo não importa o que aconteça".

Hoje, Fulano é um jovem que no auge da sua maturação, é valorizado por quem ele não dá a mínima, mas que pelos próprios pais, é apenas mais um, que não merece agrados, elogios, ou mimos de vez em quando. E a única coluna da sua sala vazia, é sua namorada, alguém que jamais vai existir denovo, alguém que sempre que ele chora por não ter tido um pai legal, o lembra que um dia lhe dará a graça de ser um, e ser para o seu filho o que o seu próprio pai não foi, e nem é, para ele: alguém que o vê como mais que um filho, um vencedor em muitas lutas que outros jovens já teriam jogado a toalha.

domingo, 12 de outubro de 2008

Feel The Jazz

Jazz.
É aquela introspecção musical, na qual sua alma se afoga entre notas imersas em improvisos e batidas que acompanham o ritmo do coração ávido por mais e mais embriagantes solos de trompete, piano, gaita, ou seja lá o que for regidos por um condução prestes a explodir de batidas vibrantes.

Jazz, como a vida, enraizadamente improvisado, não é ouvido, é sentido, e arrepia todos os prazeres sensuais, que vão sendo engolidos cada um por instrumentos distintos. Batida, sopro, toque; uma parte do seu corpo se modifica, se tonifica, purificando-se e sendo conduzido à leveza das batidas intermináveis de um interlocutor mudo. 

E da melancolia expressa de uns, à alegria de outros, o prazer se resume ao centro do equilíbrio instrumental dos músicos que de tão íntimos entre sí, tocam até em braile ou linguagem de sinais, porque todas as maneiras de se comunicar, sempre querem dizer a mesma coisa: harmonia.
 
E é da recém citada que devemos reger o dia. Regê-lo como um Jazz, sendo o percussionista, o comandante de todas as consequências harmônicas dos instrumentos que o cerca, aquele que a apenas ao toque de um tom, consegue mudar todo o caminho a ser seguido pela música, que entre outras coisas, é a vida.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O Tempo

Don't let the day go by
Don't let it end
Don't let a day go by in doubt
The answer lies within
Não deixe que o dia se vá
Não deixe que ele acabe
Não deixe que o dia termine com dúvidas
A resposta está dentro de você

O tempo acaba e começa a todo tempo, mas o tempo nem sempre é o tempo que parece ser. Duas horas podem ser um ano, e um ano passa num segundo. E o que passou, passou, o que não vem, um dia vai vir, e o que se aproveitar, foi aproveitado, e o que escrito foi alí, já faz parte do passado! 

Einsten acreditava que o tempo é a quarta dimensão, e assim surgiu o espaço-tempo, e a cada variação de espaço e tempo, há um acontecimento. Porém, se o espaço não varia, o tempo continua variando, e variando, e tudo vagabundando a reclamar de que o tempo passa até rápido demais.

Que estranho seria se não tivesse o tempo, o que fosse para ontem, poderia ser hoje, e o que ano que vem seria, até amanhã por aqui estaria a acontecer o quanto de 'tempo fosse' possível. Mas assim existir o tempo, e o que se faz agora, já foi feito. Por isso aproveite seu dia da melhor maneira possível, porque o tempo passa, e não volta, e o que se faz também. E  não reclame tanto enquanto é possível mudar, se está ao alcance, alcance(!) e não fique sentado sem sair do lugar.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

FGM

Hoje eu li numa revista sobre o FGM (Famale Genital Mutilation), uma mutilação do mais precioso orgão sexual das garotas de uma certa religião lá daqueles fins de mundo onde a inteligência ainda não chegou.

O que não me faltou mesmo foi indignação, da qual qualquer um ficaria submetido em saber do que se trata. Garotinhas de 4 anos sem saber o mínimo da vida, e nem pra que serve aquela coisa que as vezes faz cosquinha lá embaixo, sendo arrastadas involuntariamente a um consultório pediátrico a fim de terem o seu clitóris literalmente arrancado, mutilado, dilacerado sem a mínima dó.

As garotas simplesmente perdem a sua identidade sexual de maneira violentamente imbecil! Não sentem praticamente mais nada, e a justificativa ridícula apresentada para este tipo de costume grosseiro é que assim elas não traem seus maridos e coisa e tal.

Que coisa mais sem noção. O retardado que fundou essa morfética religião devia ser um machista desgraçado que pensava ser a mulher um brinquedo sem o mínimo direito de prazer, e o pior de tudo é que as mãs, que provavelmente passaram por isso também, obedecem a essa blasfêmia apenas por que um livro diz, mesmo ela supostamente tendo sofrido com isso também.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Querer

Berlin Wall


Eu?
Quero,
Quer, ele
Eu não quero,
Querer ele? Não

Tudo o que se quer,
Não queira há quem
Tudo o que se não queira
Alguém há de querer,
até mesmo queria aquele que não!

Querer é poder
Poder também é não querer
Querer então poder não ser
Porque não querer, poder
Poder também querer.

Ter não posso então
Poder de querer poder
Quem porque querer, pode
Não querer quem podeis também.

Ps: Foguete? Abajour de lava?

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Renato e Seus Jovens

Renato tinha uma música que falava sobre os jovens. Mas tualmente nos dias de hoje, os jovens andam tão levados da breca que andam escrevendo assim mesmo: "Atualmente nos dias de hoje", e até coisas piores! A educação já deixou de estar em primeiro plano na vida de muitos adolescentes. 

A falta de interesse no que é bom para eles mesmos é algo surpreendente, visto que muitos deles passam por necessidades, não são ricos, e tem a plena consciência de que se não estudarem para serem alguém na vida, vão ser eternos favelados. No entanto tudo o que estes querem é curtir a vida, encher a cara de maconha e álcool sem se preocupar com o futuro. 

Claro que eles podem encher a cara, aliás, do que eles quiserem! Desde que sejam responsáveis o suficiente para isso e cumpram com as suas obrigações, que a própria vida impõe, e os coitados dos pais apenas tentam impor um pouquinho mais, o que é em vão.

Há algum tempo foi ouvido por alguém, palavras de uma estudante que tem 19 anos, e está no segundo colegial, era algo mais ou menos assim: "Pra quê istudá? Eu quero é trabalhá, depois eu faço um supletivo, quero tê o meu dinhêro!". O alguém que ouviu foi o cara que está vos escrevendo neste instante, e sua indignação foi tão grande a ponto dele cair da cadeira. Como pode haver uma cabeça tão nanica?  

E é por estas e outras afirmações que conclui-se que os jovens não são mais os mesmos, e que o futuro da nação, aquela tal coca-cola geração, era apenas um sonho do Renato. Nenhum jovem faz o seu dever de casa, nem muito menos derrubará algum rei, ou fará revolução, são na verdade os filhos da regreção.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Falar e falar



Qual a diferença entre falar, e Falar? Falando somos nós mesmos, falando somos idiotas. Há quem diga que falar é produzir, com algum sentido, um som que saia pela boca, no entanto os que Falam, pensam e emitem o sentido de maneira correta, enquanto os que apenas abrem a boca, falam o que lhes vem à cabeça sem pensar.

Isso porque observa-se ao redor do mundo de alguém, algumas pessoas tão imbecis que chegam a ser até mesmo engraçadas no falar. Sentem-se no direito de Falar, mas quando Falam se esquecem que antes de Falarem, eles haviam falado.

E isso é tão chocante, vejo ladrões exigindo que não roubem, vejo pessoas que gritam dizendo para falar baixo, e dizem com tanta imponência que quem não conhece acha que essa pessoa é de uma relevância astronômica, mal ela imagina que estas são as mais irrelevantes e sem sentido...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lembrar o Ilembrável



A fundo escavado, e mal intencionado
Vem da memória em diante, à dor escaldante
De um passado longíquo a ser apagado
Mas que assim ser pensado por um instante

Atroz destrói o presente
Com um caráter envolvente
Tracejando pela mente de maneira eloquente,
Uma tristeza inconsequente

Que atrapalha a vida da gente!
Surpreendente! Assim esqueci...
E hoje aqui em frente,
Vejo tudo o que vivi!  

Por eu mesmo.


segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Circo da Vida





O mundo é um grande circo. Os palhaços são os cidadãos, a plateia, os políticos; os bandidos, leões, domadores, policiais; poodles adestrados, os filhos, adestradores, os pais. 

E é assim que vive o mundo, numa perfeita harmonia hilariante na condição de plateia, humilhante na condição de palhaço, e sacraficante no geral. Um depende do outro, principalmente o poodle do adestrador, que o educa e exige obediência muito além do resto, quando na verdade tudo que esse quer é carinho, atenção e uns minutos de brincadeira pra lá e para cá, resto.

E o que resta desta falta de resto são fantoches, e pequenas cópias de seus adestradores. Deseducados de amor, educados foram de grosseria, ao invés de ensinados pelo exemplo, filhos ensinados pelo contra. Assim: "Não seja mal educado seu filha da puta!" Interessante o fato do codinome "filha da puta" ser considerado uma falta de educação. Por que um pai chama um filho da "filha da puta" se ele não quer que o filho o chame assim?

Um paradoxo educacional, que quando questionado, respondido pela hierarquia de cachorro adestrador: eu falo, você obedece. E é assim que o poodle cresce! A revolta se floresce, diante da simples prece, de uma relação mais igual, humilde, e fraternal, gerando raiva, mordidas em quem não merece, e educação deseducada pela falta de compreensão de uma coisa que o que compreende já foi, ou ainda é. Filho.

domingo, 28 de setembro de 2008

Demencog



Ninguém diz que tem, mas se ninguém tivesse, o caos não seria tão evidente. A medicina a significa como deficiência cognitiva persistente e progressiva que interfere nas atividades rotineiras de alguém, embora este não perca a consciência do mundo que o cerca.

E que atire a primeira pedra o retardado que disser que a demência não toma o seu corpo por alguns instantes, quando simplesmente se perde a eficiência de entender o que se passa pela mente, tão simples porém ineficiente.

Mas como o próprio nome já diz, ela não é tão evidente como parece, ninguém sai se dizendo demente por aí, mas todo mundo é de alguma forma um demente em potencial, pronto para explodir em prantos pânicos a fim de desistir da realidade que o cerca.

Resumindo a situação, esse blog é de um demente, que não sabe o que faz, nem o que fez, nem o que faria para fazer com que sua demência já sumida, sumisse mais um pouco, a fim de entender aquilo que se passa num mundo onde nem tudo o que a gente quer, é o que a gente pode, mas tudo o que os outros querem da gente, nós somos obrigados a poder.