sábado, 30 de julho de 2011

Te quero

Eu ainda te amo
e te quero.
E te desejo e te venero.

Penso em você
a todo instante
que até me desespero

Pois o tempo, não obstante
faz com que eu diga sempre:
eu te espero, eu te espero...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Vocês, Drogas

As drogas estão me afetando.
Sim, as drogas! Sempre me disseram 
que flor que se cheire elas não eram.
Jamais ouvi estes às minhas vontades alheios.
Quem são para dizer o que devo ou não usar?


Acabei me viciando nos pesos mais drogados
das drogas mais pesadas. Não mais consigo
viver sem, estou ficando louco.


São histórias, (des)amores. Sofrimentos
e alegrias que me viciam, que me alimentam.
Por que tão dependente delas eu sou?
Será que delas não largo ou elas 
que não me largam?


Talvez as drogas é que dependam de mim
e assim por clemência não as abandono.
Suas dores me enlouquecem, 
suas histórias me adoecem. 


É, flor que não se cheire! Porém seus cheiros
me atraem, morais me afastam.
Mas que drogas! Elas falam, elas mentem,
me induzem ao erro e erram comigo.


As tornei meu alimento; uso delas pra crescer,
determinaram o meu fomento pelo conhecer
delas mesmas e me esqueci, 
e assim com elas convivo.


(des)Confio em todas, 
pois são minhas (ini)amigas. Certo.
Como pude me viciar em algo
tão ruim como eu?

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Eu Livro



Olá, aberto sempre estou,
ainda que mesmo fechado.
Me leva pronde quiseres,
a qualquer lugar, e acredita,
sem comigo estares.


Tu tens tudo o que precisas
em minhas palavras.
Carrega-me
em tua memória,
tudo o que foi lido.


Podes também me arrancares
uma página, talvez duas.
Entre os tantos, quem aí contigo
ficaria, mesmo não te tendo,
seria eu,


porque partes de mim seriam tuas.
Podes me ter
nunca tendo tido.
E podes me amar,
assim como ama teus livros.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mala

Tu és uma mala, que de tão grande
me carregaria dentro de ti.
De tão chata me tornas ofegante
de ódio pra te ver.
Desse ódio tão tênue que se 
converte em amor,


esse aí que me contém,
também está contido em ti.
Dessa forma tu carregas
este grande bobalhão,
sem o peso de todas as pedras


que ele pisou ao andar no chão.
Batido, rachado e pedregoso
da dor do amor, este mesmo que 
me contém, que tu conténs, 
e conténs ti, contido, contente.

O Tempo

Não gosto do tempo.
Ele é meu inimigo.
Gosto, eu, de fazer o meu tempo.
 Já teria feito tantas coisas!

Mas o tempo, que não é meu,
Estraga esse meu tempo.
Deve ser porque meu tempo é apressado
Ou então, meu tempo, há de ser o tempo
Que o tempo quer que seja tempo, sabe?

A quarta dimensão disse
Que o espaço se comprime.
Porque o tempo não diminui
Então a distância entre nós?

Ou dentre o tempo da distância
Há cegos nós que param o tempo?
No espaço do(s) nós o tempo voa,
Mas não se leva pelo meu tempo
Que é eterno mas não dura.

Solidão



Logo menos viro amigo da solidão.
Esta, que me há alguns anos acompanha
Mas nunca dei a devida atenção.
Sempre lá, no banheiro,
No carro, de fundo ao som do rádio

No perfeccionismo das inatitudes.
Tão só, é nossa melhor amiga
Companheira, irmã. Ah! 
Mil palavras ditas num silêncio
Além do discurso confortam.

Hombridade não lhe falta. Respeito
Atenção. Lealdade!
Nos piores momentos, companheira
Gera o infeliz, e constante, fomento
De que alguém há de ser assim... 

Não houve. Mas, não há.
Interesseiros, supérfluos.
Ela não. De tão altruísta,
Se deixa violar o silêncio
Em prol dos nossos soluços.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ehcstirF anahoY À

Sonha comigo, que eu sonho com você.
Fechando os olhos passarei a te ver
No azul profundo do seu luar,
Que me apresenta o mundo num só lugar


Lugar esse em que me sinto em casa
E me faz voar sem nem ter asas.
Que vou apenas pra te amar
Porque lá sei que vamos estar


Simples assim como uma canção
Vai batendo meu coração.
No ritmo plácido do seu caminhar
Que a cada passo me faz mais te amar.