12 de Setembro de 2008, praticamente 12 anos atrás. Viajei uma década e um pouco mais, olhei pro passado e vi o presente. Como num espelho cristalino, um reflexo reluzente da minha alma se abriu para mim. Sigo um misto de sensações. Por um lado vejo aquele que fui sendo ainda aquele que sou e me pergunto: será que não saí do lugar? As mesmas angústias, as mesmas dúvidas e as mesmas certezas; a mesma sensação de inadequação no mundo. Mas por outro lado, se me vejo hoje como eu era no passado, de fato me vejo em minha própria essência, imutável. Portanto real.
Choque de realidade. Sabe aquelas cartas que escrevemos para nosso eu do futuro? Se eu tivesse feito com esta intenção, talvez não tivesse ficado tão bom. A cada texto e poema que eu leio, resgato do fundo do poço da minha alma todo o furacão de sentimentos e pensamentos que carregava há 12 anos atrás. Que coisa incrível, nostálgica, reveladora. Que essa nova fase, que se inicia agora, seja o grão de areia do deserto, mas que se não fosse ele, o deserto simplesmente não o seria. Afinal de contas, a soma das partes jamais será maior que o todo, pois eu sou muito mais que isso, mas sem isso, não sou nada.
https://demencog.wordpress.com/
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