terça-feira, 3 de março de 2009

O Racismo Étnico-Social Brasileiro





É claro que existe racismo no Brasil. Mas nitidamente diferente do apartheid ou das discriminações ocorridas nos EUA. Isto se deve à aprovação política que o racismo recebeu nestes dois casos, fato que não ocorre no Brasil, onde o governo, mesmo que comicamente em vão, oferece recursos para que etnias inferiorizadas se reergam na sociedade.

Entretanto, ao contrário do que pensam, não é a quantidade de melanina na pele o fator determinante do racismo. Grande parte deste parte dos próprios possuidores das diferenças étnicas, que já se sentem desfavorecidos por conta de sua cor e ainda mais por fazerem parte das camadas mais ínfimas da sociedade, e acabam associando este fato à sua pele, já que a maioria dos negros são pobres. Dessa forma, isso se reflete na conduta do negro que se inferioriza perante os brancos que por conta de toda uma cultura de poder existente no mundo se crescem a ponto de se sentirem superiores por causa da sua condição social e 'racial' desejada pelos negros. Fato que pode ser comprovado quando um negro se auto-entitula um ser normal com o mesmo nível racional e cultural de um branco, o que o faz se impor a igualar ou superiorizar um branco independentementente da sua classe social, algo que pode ser chamado de várias coisas como amor próprio, honra, e orgulho de ser o que é, e que mostra o respeito adquirido quando se conversa de igual para igual.

A partir disto é passível de se concluir que o racismo na verdade é uma forma mais simples de explicar o resultado de centenas de anos de escravidão e maus tratos aos negros no Brasil, que fez-se herdar costumes a respeito deles e que os impossibilitaram subir para os andares mais altos da sociedade e se afirmarem como parte integrante e fundamental para o crescimento da sociedade através da sua cultura diferenciada e de outras características pertencentes à qualidade de ser negro.

Mas, ainda que o negro seja discriminado pela sua classe social, isso não significa que apenas pela sua cor ele também não seja tão descartado quanto a respeito de sua classe. Contudo, a cor é de quem faz, e a partir do momento em que o orgulho de ser estiver no peito de cada um, os negros conseguirão se impor como pessoas comuns e de direitos iguais na grande bagunça miscigênica que é o nosso país.