terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Vocês, Drogas

As drogas estão me afetando.
Sim, as drogas! Sempre me disseram 
que flor que se cheire elas não eram.
Jamais ouvi estes às minhas vontades alheios.
Quem são para dizer o que devo ou não usar?


Acabei me viciando nos pesos mais drogados
das drogas mais pesadas. Não mais consigo
viver sem, estou ficando louco.


São histórias, (des)amores. Sofrimentos
e alegrias que me viciam, que me alimentam.
Por que tão dependente delas eu sou?
Será que delas não largo ou elas 
que não me largam?


Talvez as drogas é que dependam de mim
e assim por clemência não as abandono.
Suas dores me enlouquecem, 
suas histórias me adoecem. 


É, flor que não se cheire! Porém seus cheiros
me atraem, morais me afastam.
Mas que drogas! Elas falam, elas mentem,
me induzem ao erro e erram comigo.


As tornei meu alimento; uso delas pra crescer,
determinaram o meu fomento pelo conhecer
delas mesmas e me esqueci, 
e assim com elas convivo.


(des)Confio em todas, 
pois são minhas (ini)amigas. Certo.
Como pude me viciar em algo
tão ruim como eu?

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Eu Livro



Olá, aberto sempre estou,
ainda que mesmo fechado.
Me leva pronde quiseres,
a qualquer lugar, e acredita,
sem comigo estares.


Tu tens tudo o que precisas
em minhas palavras.
Carrega-me
em tua memória,
tudo o que foi lido.


Podes também me arrancares
uma página, talvez duas.
Entre os tantos, quem aí contigo
ficaria, mesmo não te tendo,
seria eu,


porque partes de mim seriam tuas.
Podes me ter
nunca tendo tido.
E podes me amar,
assim como ama teus livros.