terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lembrar o Ilembrável



A fundo escavado, e mal intencionado
Vem da memória em diante, à dor escaldante
De um passado longíquo a ser apagado
Mas que assim ser pensado por um instante

Atroz destrói o presente
Com um caráter envolvente
Tracejando pela mente de maneira eloquente,
Uma tristeza inconsequente

Que atrapalha a vida da gente!
Surpreendente! Assim esqueci...
E hoje aqui em frente,
Vejo tudo o que vivi!  

Por eu mesmo.


segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Circo da Vida





O mundo é um grande circo. Os palhaços são os cidadãos, a plateia, os políticos; os bandidos, leões, domadores, policiais; poodles adestrados, os filhos, adestradores, os pais. 

E é assim que vive o mundo, numa perfeita harmonia hilariante na condição de plateia, humilhante na condição de palhaço, e sacraficante no geral. Um depende do outro, principalmente o poodle do adestrador, que o educa e exige obediência muito além do resto, quando na verdade tudo que esse quer é carinho, atenção e uns minutos de brincadeira pra lá e para cá, resto.

E o que resta desta falta de resto são fantoches, e pequenas cópias de seus adestradores. Deseducados de amor, educados foram de grosseria, ao invés de ensinados pelo exemplo, filhos ensinados pelo contra. Assim: "Não seja mal educado seu filha da puta!" Interessante o fato do codinome "filha da puta" ser considerado uma falta de educação. Por que um pai chama um filho da "filha da puta" se ele não quer que o filho o chame assim?

Um paradoxo educacional, que quando questionado, respondido pela hierarquia de cachorro adestrador: eu falo, você obedece. E é assim que o poodle cresce! A revolta se floresce, diante da simples prece, de uma relação mais igual, humilde, e fraternal, gerando raiva, mordidas em quem não merece, e educação deseducada pela falta de compreensão de uma coisa que o que compreende já foi, ou ainda é. Filho.

domingo, 28 de setembro de 2008

Demencog



Ninguém diz que tem, mas se ninguém tivesse, o caos não seria tão evidente. A medicina a significa como deficiência cognitiva persistente e progressiva que interfere nas atividades rotineiras de alguém, embora este não perca a consciência do mundo que o cerca.

E que atire a primeira pedra o retardado que disser que a demência não toma o seu corpo por alguns instantes, quando simplesmente se perde a eficiência de entender o que se passa pela mente, tão simples porém ineficiente.

Mas como o próprio nome já diz, ela não é tão evidente como parece, ninguém sai se dizendo demente por aí, mas todo mundo é de alguma forma um demente em potencial, pronto para explodir em prantos pânicos a fim de desistir da realidade que o cerca.

Resumindo a situação, esse blog é de um demente, que não sabe o que faz, nem o que fez, nem o que faria para fazer com que sua demência já sumida, sumisse mais um pouco, a fim de entender aquilo que se passa num mundo onde nem tudo o que a gente quer, é o que a gente pode, mas tudo o que os outros querem da gente, nós somos obrigados a poder.