quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal ?


Ninguém muda, nos acostumamos com o mundo e sentamos num folgado e macio sofá de couro branco onde tomamos prosecco e tudo é lindo. Apenas sabemos reclamar, e reclamar daquilo que ninguém quer mudar, mas também não mudamos! É estar se afogando e nem ao menos tentar nadar. 

Mas seguindo o costume básico do final do ano: é hora de mudar. As desculpas mais incrédulas que eu ouço são: "eles são velhos, não mudam mais", "você é novo, sabe o que é melhor, você pode mudar!", "ah, isso não adianta mesmo, é melhor se acostumar". Temos de nos acostumar a situações que a nós não agrada apenas pelo simples fato de na maioria das vezes sermos subordinados ou fracos?

Não somos então possuidores da inteligência que um cavalo não tem e da mobilidade que uma planta desconhece? O cavalo não sabe pensar, a planta não sai do lugar. Mas o homem pensa e se move, vai até a lua e não consegue mudar um costume, uma palavra.

Isso tudo é culpa da maldita preguiça, da falta de perseverança, da falta de disciplina e da nossa companheira sempre ausente, a educação. Estes fatores decisivos ajudam uma pessoa normal a ser diferente no aspecto onde todo mundo já está cansado de ser normal mas continua assim sendo, na atitude, na vontade de renascer de verdade, que é o significado real do Natal, e não o nascimento de um barbudo em que mais da metade deste povo que não faz nada põe todas as responsabilidades e esperanças achando que as mudanças cairão do céu.


Um comentário:

  1. O que te desejar neste limiar de ano? Tudo de bom, meu caro! Gabriel, um ser humano unívoco, mas que precisa saber e entender o quanto os outros podem constitui-lo.
    É isso. Gosto muito de você, e você sabe disso. Aprendi a conviver com você e a saber que o que sabes também pode mudar o meu saber. Continue com sua forma de pensar, mas atente ninguém sabe de tudo sempre.
    Abraços fortes,
    Seu amigo,
    Identidades Fragmentadas

    ResponderExcluir