domingo, 12 de outubro de 2008

Feel The Jazz

Jazz.
É aquela introspecção musical, na qual sua alma se afoga entre notas imersas em improvisos e batidas que acompanham o ritmo do coração ávido por mais e mais embriagantes solos de trompete, piano, gaita, ou seja lá o que for regidos por um condução prestes a explodir de batidas vibrantes.

Jazz, como a vida, enraizadamente improvisado, não é ouvido, é sentido, e arrepia todos os prazeres sensuais, que vão sendo engolidos cada um por instrumentos distintos. Batida, sopro, toque; uma parte do seu corpo se modifica, se tonifica, purificando-se e sendo conduzido à leveza das batidas intermináveis de um interlocutor mudo. 

E da melancolia expressa de uns, à alegria de outros, o prazer se resume ao centro do equilíbrio instrumental dos músicos que de tão íntimos entre sí, tocam até em braile ou linguagem de sinais, porque todas as maneiras de se comunicar, sempre querem dizer a mesma coisa: harmonia.
 
E é da recém citada que devemos reger o dia. Regê-lo como um Jazz, sendo o percussionista, o comandante de todas as consequências harmônicas dos instrumentos que o cerca, aquele que a apenas ao toque de um tom, consegue mudar todo o caminho a ser seguido pela música, que entre outras coisas, é a vida.

Um comentário:

  1. Sempre gostei da sensação desse tipo de música. Parabéns pela postagem! Abordou com destreza um assunto de difícil abordagem!

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