terça-feira, 21 de setembro de 2010

Te ver!


Queria te ver
e apenas vendo.
De só ver olhar
e assim te tendo.

Ainda que vendo
o ver fosse máximo
Que o fosse vendo
e estaria ótimo.

Por o que importa
simplesmente ver.
Não sentir-te morta
Pois também quer ter.

E feliz te ver
É o que queria.
Pois sem ti viver
É uma vida fria.



sábado, 18 de setembro de 2010

Aprenda, Apronte.


Passar por coisas que incitam a criticidade a cerca do ser humano realmente tem seu lado positivo; apesar das catástrofes relacionais as quais tais coisas provavelmente estão associadas. De certa forma, num apanhado geral, existem dois tipos de pessoas predominantes num pré-suposto momento onde haja a necessidade de uma análise moral. As espertas, e que portanto, sabem mentir, e as não espertas, que logo, não sabem mentir.

O mais engraçado é quando os tipos menos favorecidos da malícia, ou seja, os não tão espertos assim, resolvem tornar da ousadia uma qualidade inata. Tal fato gera pessoas que não tem a mínima noção de como se comportar e conseguir aquilo que querem sem que abalem fatos sociais, e acabam sendo ridicularizadas e desmoralizadas. 

Ok. É engraçado para quem assiste de longe. No entanto, é inegável que haja a presença de belas risadas ao se reunir com os espectadores das situações mais bizarras o possível. E são com situações peculiares como as que envolvem vários tipos de pessoas, é que eu paro para pensar em como uma visão crítica das coisas nos leva a  perceber coisas que passam batidas perto dos outros. Portanto, eis a minha conclusão sobre fatos atualmente por mim vividos:
A questão mais simples a ser apurada é, que não importa o quão suja moralmente seja a sua vontade de fazer algo. Saiba como fazer. Ninguém precisa saber por quantos chifres você foi responsável, ou quanta deslealdade você tem por alguém. As vezes não estamos sendo mals; estamos querendo realizar nossos desejos mais mundanos os quais, um dia, podemos nos arrepender profundamente de não termos realizado. E justamente pelo fato de alguns destes desejos serem os mais desregrados, imorais, inimagináveis e inconcebíveis pertencentes a imaginação é que são tão motores do nosso instinto animal, e nos fazem perder a razão.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Que Está Faltando?



Ele sentia um vazio que jamais sentira antes. Era como se sua vida estivesse incompleta, por mais cheia de coisas, das quais ele gostava ou não, que ela fosse preenchida. Para as pessoas ao seu redor, era visível um estado de carência, mas jamais tirara o sorriso do rosto.

Uma vez prometeu a si mesmo que nunca deixaria de sorrir, por mais fortes que fossem as dores as quais ele passasse. Realmente, ninguém além dele era obrigado a viver com sua tristeza. Provavelmente esta decisão viera da presenciação de tanto sofrimento.

No entanto, de alguma forma, seu sorriso se apresentava mais amarelado e tímido. A saudade daquilo que ele nunca teve ou quis, ou se quer soube o que era, estava lhe dominando. Suas decisões cada vez mais eram pautadas na dúvida; e cada vez suas visões lhe encantavam por mais simples que fossem. Uma flor jamais fora tão flor quanto foi da última vez em que ele a olhou. Um beijo jamais será como aquele o qual ele recebeu.

E todas as coisas mais sensíveis pareciam mais mágicas. Talvez fosse pelo fato dele sempre viver sob a superficialidade dos desejos e sentimentos, e de repente, presenciasse um pouco melhor a realidade que sempre esteve ali. E ainda sim, não sabia o que realmente sentia naquele cérebro cansado que carregava daqui à ali observando coisas que sempre estiveram por todos os cantos, mas jamais lhe tiveram a atenção devida. 

E era estranho como eram estranhos todos aqueles pensamentos sem pé nem cabeça que rodeavam suas admirações a cerca da vida que estava levando. Mas o mais estranho, era ainda o fato de ter tudo aquilo que queria e não queria, e ainda sim sentir falta daquilo que talvez ele jamais tenha querido, ou um dia quis e não quer mais.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Cursinho.

A rotação amanheceu o dia.
Acordou através de hormônios.
Havia carboidratos no café da manhã,
E o tampo da mesa era um retângulo.

Caminhando graças a letra mi
Lembrou que havia de trabalhar, e que isso era foda.
150 Cavalos vaporizavam em seu carro
Que era guiado pela longitude e latitude.

A inversão térmica deixava a manhã fria.
Mas durante o caminho, avistou milhares de sorvetes
E até mesmo seus avós ateus.
Ficou confuso ao ver estes num triângulo sexual.

Trocou da marcha A para a marcha B,
E cruzou o sinal vermelho sem saber.
O seu delta V foi calculado
e com certeza foi multado.

As ondas de rádio, transmitiam
Num inverso do tempo de 125Mhz.
O monóxido de carbono poluia
Vinha da combustão incompleta dos cavalos

Chegando ao trabalho, viu como lá fedia.
Subiu de elevador contra a força g
Através de um sistema de roldanas.
Estava cansado, precisou de mais ATP.

Sentou em sua mesa e sentiu a endorfina.
Seu chefe chegou cheio de adrenalina.
E aí então viu como aquilo tudo era escravo.
Escravo do tempo. Estava atrasado.

Estudar


Na tristeza de uma paixão,
Ao amanhecer acordou
Na dor de uma solidão,
E de um dia recordou

De um gnomo a magia
Da inteligência voraz.
Que do nada se fazia
De uma burrice incapaz.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Como Viver

Ele nunca foi o ser mais adequado da sociedade. Por incrível que pareça, e com uma educação como a de qualquer outro brasileiro de classe média, esse pequeno grande homem nunca fez parte, de fato, de um grupo social. Sempre seus pensamentos norteavam idéias completamente absurdas para as pessoas que se auto-entitulam "normais", e passou a guardá-las apenas para si.

Pois é... Por que as pessoas são tão cabeças duras? É difícil para elas aceitar a diferença, só porque ela não faz parte do seu cotidiano. Aliás, se pensassem mais, podiam evoluir bastante parando de seguir padrões concretados pela maioria passando a conhecer novos hozirontes compostos por aquela minoria que cansou de ser igual e fazer do jeito que a receita manda. A receita está aí para que possamos, na verdade, melhorá-la a cada dia.

Sim! A vida é quase um bolo. E até que o primeiro bolo fosse bem sucedido, milhares de outros foram jogados fora. Pois então, antes que você jogue sua vida fora, procure se espelhar um pouco em cada um que te cerca e ver o que essa pessoa tem a lhe acrescentar. Enriquecendo e evoluindo sua receita e seu bolo, a fim de se proporcionar um prazer inigualável daquilo que antes, era apenas um bolo normal.