sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Seleção Natural


Segundo Darwin, a evolução das espécies se dá por meio da seleção natural e outros fatores que determinam a adaptação dos animais ao meio em que eles vivem. Pois bem, segundo essa teoria, que mais tarde foi complementada pela descoberta das mutações, há variações genéticas no fenótipo ou genótipo de todos os seres, que podem ou não ser úteis, mas que conforme postas a prova determinam aqueles mais fortes e suscetíveis a sobreviver, e aqueles que mais tarde serão extintos pela ausência ou presença de alguma característica que não o favoreça naquele meio.

É fácil perceber isto na natureza, na "selva de mato", onde a vida corre num fluxo simples de nascer, crescer, reproduzir, morrer e dentre essas missões, é claro, sobreviver. Mas e na "selva de pedra" criada pelo homem? Não há mais a necessidade de matarem uns aos outros em troco de comida, água, ou fogo, remédios curam milhares de doenças que antes eram agentes muito úteis em selecionar os mais fortes e resistentes. Hoje tudo é mais fácil, então onde acontece essa seleção? Será que o ser humano conseguiu ao longo da sua evolução intelectual, pausar a sua evolução física? Ou será que ao longo de mais alguns milhares de anos, o homem estará sentindo na pele o que é ser adaptado naturalmente à cidades, e não a natureza?

Afinal, o habitat natural humano não é uma cidade, mas a selva, coexistindo com os outros animais, não menos inteligentes nem evoluidos, mas em algum lugar na linha do tempo, as mesmas mutações genéticas, responsáveis por mudanças inocentes, como a cor dos pêlos ou o surgimento de asas, possibilitou ao homo sapiens o poder de julgar, raciocinar de maneira mais complexa e inventar, dando início assim a o que o mundo é hoje.

Portanto, talvez não seja nosso erro sermos egoístas, e de tão inteligentes, burros. Se pensarmos que o erro foi do acaso evolucionário, só estamos cumprindo com o nosso papel, e estamos levando a natureza rumo ao que ela mesma se pôs, mas não tardar, este acaso vai corrigir seu erro em busca do equilíbrio, da mesma forma que fez quando percebeu que os dinossauros não estavam dando muito certo.

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