Fico pensando se Aristóteles, Platão e outros filósofos, que em sua época detinham de poucos artifícios para acertarem nas suas concepções sobre a existência e tudo que a cerca, estivessem vivos hoje para verem que muito do que eles pensaram na verdade não era lá exatamente aquilo que se pensava ser aplicável.
A maior frustração do mundo é depositar todas as certezas a cerca de algo e, depois de algumas experiências, perceber que pelo menos da maneira com que se está aplicando toda uma filosofia não é bem a certa, ou até mesmo toda a lógica ao redor do conceito em que se crê está incorreta.
Mas será que isso é culpa das pessoas, ou simplesmente o pensamento não se aplica a nenhum ser humano? Uma experiência só não pode ser tida como a definição de todas as práticas, uma vez que Newton realizou centenas de vezes o mesmo experimento apenas para definir o que é gravitação, algo relativamente simples, agora.
Portanto pode ser que por enquanto um pensamento tão óbvio pareça complexo demais, mas que amanhã seja simples e rotineiro, dependendo exclusivamente de quem pratica este pensamento. Mas uma vez que este fracassa para o seu idealizador, nada mais faz sentido, apesar de se querer morrer pregando aquilo em que ele acredita, e pensando assim pode-se compreender porque o Lula da década de 70 não é mais o mesmo.
Não se pondo no lugar dele é muito fácil criticar, mas quem sabe ele, na mesma situação em que Sócrates se encontraria hoje em dia vendo teorias suas caindo por terra, não percebeu que tudo aquilo em que ele acreditava e pensou um dia praticar, na verdade é impraticável da forma com que ele sempre pregou? A teoria não tem absolutamente nada a ver com a prática, ainda mais quando se lida com muitos fatores variáveis como o fator pessoa, o mais complexo de todos.
Pelo menos o fato de tentar concretizar o seu modo de pensar te torna um herói mesmo sendo fracassado, como Hitler, um herói da sua filosofia, fracassado pelo fato dela não ser aplicável, mas que morreu lutando pelo seu ideal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário