No Brasil, um projeto de delinquente, 12 anos, com mais passagens na polícia que sua própria idade, afirma sem o menor pudor que para ele - e com certeza para outros milhares de bandidos no Brasil - a cadeia é um hotel. Ele come, bebe, dorme, assiste televisão, fala ao celular, tem visita íntima...
Na Áustria, a prisão de Leoben é sim um hotel; de luxo. Além do mais, o que os presidiários brasileiros tem, os de lá tem em dobro e com muito mais conforto, além de ar condicionado. Entretanto nesta prisão, o infrator, que apesar de não merecer muita coisa, é tratado com respeito, no entanto para usufruir da qualidade de vida ali encontrada precisa trabalhar e contribuir, o que contrariamente acontece no Brasil.
A filosofia Austríaca ao montar esta prisão de luxo é a de que tratando com respeito, após cumprir sua pena, o preso se reintegre na sociedade de maneira mais fácil, pois tratará os outros cidadãos com o mesmo respeito recebido na prisão, e com 100% de acerto, até hoje nenhum hóspede daquele lugar voltou para lá, o que também não acontece no Brasil, visto que a maioria passa várias vezes pela prisão.
Contudo, através de outra visão é possível afimar que o método austríaco pode ser falho, enquanto que o brasileiro pode ser muito eficiente. Psicológica e socialmente, os maus tratos são muito capazes de gerar repulsa suficiente num criminoso nacional para que ele, de nojo da instituição, se reintegre de forma exemplar para não correr o risco de voltar. Da mesma forma que um austríaco poderia, por falta de condições financeiras e sociais, ou por não obter o luxo que tinha antes, cometer outro crime para retornar ao seu hotel.
Contudo isto de fato não acontece. Mas por quê? Aí é que o fator educação entra em cena. Um assassino traficante chefe de quadrilha austríaco tem curso superior. O mesmo no brasil, é analfabeto. A inversão de papéis causaria os fatos recém mencionados. Um favelado não tem estrutura psicológica para ter contato com tanto luxo, ainda mais sabendo que saindo dele, dificilmente voltará. Um graduado ficaria louco ao entrar em contato com a imundice.
Logo, fica claro que, para o Brasil, nenhum dos dois métodos são eficientes, porque a resolução do problema não se concentra apenas na prisão, e sim lá embaixo num lugar chamado escola, da qual países decentes como a Àustria não tem mais no que investir.